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Real Madrid e Barcelona frequentemente se enfrentam em intensos confrontos. No entanto, o clássico realizado no dia 27 de fevereiro, durante a Euroliga de basquete, apresentou momentos de afeto: Serge Ibaka, jogador da equipe merengue, abraço calorosamente o blaugrana Sayon Keita. A razão por trás desse gesto amistoso vai além das quadras espanholas, conforme relatado pelo jornal “Marca”. Nascido no Mali, Keita completou 17 anos, possui 2,12m de altura e foi encontrado em uma das localizações do projeto social dirigido por Ibaka, que se tornou campeão da NBA com o Toronto Raptors em 2019.
A Fundação Serge Ibaka, que existe há uma década, utiliza o basquete como uma ferramenta de inclusão social para crianças e jovens em condição de vulnerabilidade na África. Os mais talentosos têm a oportunidade de obter bolsas de estudo e se juntar a equipes internacionais. Foi exatamente isso que ocorreu com Keita, que foi notado nas ruas de Bamako, a capital do Mali, em 2020, e recebeu um convite para participar de testes com a bola laranja.
Após identificar o talento de Keita, os responsáveis pela Fundação Serge Ibaka implementaram um plano de desenvolvimento para o jovem e apresentaram à família a perspectiva de um futuro no basquete. Pouco tempo depois, ele se mudou para a Espanha, onde jogou pelo Movistar Estudiantes e posteriormente se integrou às categorias de base do Barcelona. Durante a derrota contra o Real Madrid (96 a 91), o atleta de 17 anos recebeu sua primeira oportunidade de fazer parte do time principal, embora não tenha jogado. Sua estreia oficial ocorreu no domingo (2), na vitória blaugrana sobre o Río Breogán, com um resultado de 102 a 79, onde conseguiu marcar um ponto.
“Agradeço ao treinador pela oportunidade e pela confiança. Estou muito feliz e preciso continuar esforçando-me e lutando. Não posso ter medo, mas sim manter a calma”, afirmou Keita em entrevista ao “Marca”.
Conhecido como “padrinho” do jovem mali, Serge Ibaka nasceu na República do Congo. Ele enfrentou a perda da mãe quando ainda era criança e passou por desafios devido à guerra civil em seu país, encontrando no basquete uma via de escape. Por meio do esporte, foi para a Espanha e eventualmente chegou à NBA, onde atuou por 14 temporadas em várias equipes e conquistou um anel de campeão com os Raptors.
Agora com 35 anos, Ibaka permanece conectado às suas raízes congolesas, mesmo tendo jogado pela seleção espanhola e conquistado a medalha de prata nas Olimpíadas de Londres 2012. Ele frequentemente visita seu país natal e gerencia a fundação que apoia jovens atletas africanos. “Para mim, é extremamente importante criar oportunidades para jovens africanos e ser uma referência próxima a eles. O objetivo não é apenas torná-los profissionais, mas também apoiá-los em seu percurso. O esforço cabe a eles, mas posso usar minha experiência para orientá-los e aconselhá-los”, comentou, refletindo sobre a situação de Keita.
Sayon é um garoto exemplar, repleto de respeito. Ele se dedica ao trabalho e presta atenção tanto nos treinadores quanto nos atletas mais experientes. Se mantiver o foco em seu desenvolvimento pessoal, possui a capacidade de se tornar um profissional por muitos anos.
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