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São Paulo precisou comer o jogo que o diabo verde amassou, mas volta ileso da Colômbia

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Os torcedores de outros clubes do Brasil muitas vezes não percebem a magnitude que o São Paulo alcança em relação ao resto do continente, especialmente quando se fala da Libertadores. Os três títulos continentais, somados a outras campanhas significativas, fazem com que o São Paulo, mesmo em momentos difíceis, seja sempre visto como um adversário formidável para qualquer rival hispânico. Não é surpresa que a imprensa de países vizinhos demonstre entusiasmo e respeito ao mencionar a necessidade de seus times visitarem "el mítico Morumbi".

Na noite de ontem, no também lendário Estádio Atanasio Girardot, a equipe de Hernán Crespo enfrentou dificuldades para dominar a intensidade colombiana durante os primeiros minutos da partida. Até que Edwin Cardona (isso mesmo, ex-Boca e Racing), um jogador de talento indiscutível, perdeu um pênalti. Sua cobrança passou bem perto da trave, mas o camisa 10 já estava em péssimas condições no momento do chute. Errou precisamente porque estava tentando desviar a sorte do Morumbi, como diria um são-paulino usando a camisa de Lugano, tornando o martelo quase um mate, representando uma mistura religiosa insólita — rezando até para a luz do banheiro, se necessário.

Por alguns instantes, o erro de Cardona arrefeceu a paixão verdolaga, e o São Paulo poderia ter pensado que tudo se desenrolaria numa boa — a camisa rende e resiste, escutava a paciente lâmpada do banheiro. Não poderia haver maior engano. No segundo tempo, o time colombiano desferiu verdadeiro pavor sobre os tricolores — foram duas bolas nas traves, com Marlos Moreno, o destaque da partida, e Hinestroza, o veloz atacante pela direita, além de outro pênalti perdido por Cardona, desta vez com Rafael esticando-se para afirmar que um pedaço do Morumbi estava ali, na palma da sua mão esquerda.

Diante do desmoronamento da situação, Crespo tentou dar um alívio com as entradas de Lucas Moura e Rodriguinho, mas o panorama continuou assustador. Felizmente, muitas das tentativas colombianas encontraram resistência em Alan Franco ou Enzo Díaz — a linguagem universal da Libertadores, em última instância, é a regularidade. Apesar do que possam argumentar os críticos e poetas, diante das circunstâncias e do que o campo permitiu, o São Paulo retorna de Medellín com sua reputação intacta e com metas ainda mais ousadas.

Embora o embate esteja em plena marcha, o resultado é motivo de empolgação, especialmente porque do outro lado estava um oponente notável. Vejamos os fatos: o último time a conquistar a Libertadores fora do Brasil e da Argentina foi o Atlético Nacional, em 2016. Essa equipe conhece cada entrave da competição, além de ser o clube mais forte e admirado do futebol colombiano. Assim, já seria um oponente desafiador em qualquer situação. Quando se combinam todos esses elementos com um bom desempenho da equipe, como é o caso atualmente, ela se torna comparável ao que se costuma pensar de um Boca ou River, apenas sem a fama argentina.

As fases de mata-mata da Libertadores podem ser entendidas por meio de situações e exigências, além de alguma agitação e correria de tempos em tempos. O São Paulo teve que enfrentar o jogo que foi endurecido pelo diabo verde, mas conseguiu se manter firme como pôde. Talvez tenha se sustentado até por intervenção de forças invisíveis, chegando ao "mitico Morumbi" completamente inteiro e agora na posição de favorito. Para isso, precisou se apresentar (e quase se despir) como o São Paulo venerado por todos os santos e por todos os torcedores. Também como São Rafael, com a intervenção divina que traz final feliz, com a magia habitual e até com as traves benditas — que, cabe lembrar, também fazem suas escolhas.

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