Header Ads Widget

André Ramalho, ex-anjinho poliglota, se destaca como titular no Corinthians e mira conquistas em 2025


André Ramalho estreou na Série A do Campeonato Brasileiro somente em 2024, aos 32 anos. Dono de carreira sólida na Europa, o zagueiro voltou ao país natal para ajudar na reação do Corinthians, que brigava contra o rebaixamento e embalou nove vitórias consecutivas para terminar com vaga na fase qualificatória da Conmebol Libertadores.
O período na Europa veio ainda na juventude e durou mais de uma década. Em Áustria, Alemanha e Holanda, André Ramalho aprendeu idiomas e se tornou um jogador poliglota. Porém, faltava a experiência de jogar em casa, o que, cinco meses depois, dá orgulho para o experiente jogador.
– Obviamente tínhamos noção do clube, mas não se compara ao viver isso. Era uma situação complicada de rebaixamento, muito maior de pressão. Fico extremamente feliz e orgulhoso de ter tomado esta decisão, não só porque foi tudo bem. Desde sempre tinha convicção da minha decisão – afirmou.

– Fabinho (Soldado) mostrou que o Corinthians está se reestruturando e com pessoas competentes. A gente vê que estão tentando colocar o Corinthians onde deve estar, fico feliz de ter aceitado a grande aventura de jogar aqui. Cada vez estou mais orgulhoso de vestir esta camisa – acrescentou.
André Ramalho termina a primeira (meia) temporada como titular absoluto do time e protagonista de um dos grandes momentos. Contra o Juventude, nos acréscimos da partida, foi dele o gol que assegurou o Corinthians na fase semifinal da Copa do Brasil.
Naquela noite, o defensor contava com a presença de familiares, amigos e do técnico Antônio Pereira da Silva, o Seu Toninho, primeiro treinador ainda nos gramados da cidade de Alumínio.
– Fiz o caminho inverso de ter minha carreira na Europa, porque o destino quis assim. Cresci aqui, vivi aqui, sou brasileiro, sempre tive a curiosidade de como seria jogar no meu país – afirmou André Ramalho, em entrevista ao Esporte Espetacular.
– Jogava nas ruas lá de Ibiúna, onde tudo começou. São minhas primeiras memórias como ser-humano brincando de bola, mas saí com seis anos e fui para Alumínio, onde meu pai foi trabalhar – disse, relembrando da infância na cidade de 17 mil habitantes.
Enquanto criança, André cultivava o cabelo que se tornou característica e fruto de homenagem na Áustria. O apelido de “anjinho” até hoje é relembrado pelos amigos de infância, que se orgulham da trajetória do atual defensor do Timão.
– Na escola era o anjinho, cabelo menor, só os cachinhos, depois deixou este Valderrama aí que virou característica dele – revela Alexandre Lopes Oliveira, amigo de infância.

– O André fala quatro línguas: alemão, que teve que aprender lá, o inglês, espanhol e fala italiano, tirou cidadania. Ele tem um grande nível de competência e quer estar alinhado com tudo – complementa Alexandre.

Passado e futuro

Dos campos de Alumínio com Seu Toninho depois de passar pelo futsal com Seu Rubão (Rubens Almeida), André Ramalho ganhou a chance de atuar nas categorias de base do São Paulo.
Foram dois anos no Tricolor antes de passar por São Bento, Palmeiras e Red Bull Brasil. A partir da ida para o clube ligado à marca de bebidas energéticas, a vida de André Ramalho mudou.
– Uma semana de férias e recebi uma ligação – recorda-se o defensor, corroborado pelo irmão, Flávio.
– Ele começou a falar mais alto, era um teste em Salzburg. Ele olhou para o meu pai e disse: o senhor aceita? Meu pai só deu o sinal positivo e falou que confiava no projeto – lembra.
No Red Bull Salzburg, André Ramalho ganhou 11 títulos e chegou a alcançar uma semifinal de Liga Europa. Virou ídolo local.
Ainda no Velho Continente, o zagueiro ainda atuou no Bayer Leverkusen e no Mainz, da Alemanha, e no PSV, da Holanda, onde conquistou o Campeonato Holandês neste ano.

>

Postar um comentário

0 Comentários