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Oscar Piastri ganhou o GP de Miami de 2025 com tranquilidade, mas o resultado positivo não representou só uma vitória pessoal: o triunfo nos Estados Unidos foi mais um marco no ressurgimento da McLaren na Fórmula 1. Nos últimos três anos, a equipe que viveu uma forte crise na década passada teve resultados nesta pista que ilustram bem o tamanho do renascimento.
Na corrida disputada no domingo (4), a vantagem de Piastri para o vice-líder, o companheiro de equipe Lando Norris, foi normal: 4s63. No entanto, o líder do campeonato e vencedor da prova foi 37 segundos mais rápido que o primeiro piloto fora da McLaren, o terceiro colocado George Russell, da Mercedes.
A superioridade do carro laranja foi tanta que nem o tetracampeão Verstappen, pole position para a corrida, foi capaz de segurar Oscar e Lando por muito tempo. Um cenário bem diferente do que a equipe viveu nesta mesma pista em 2023:
- É incrível o trabalho duro que está acontecendo. Dois anos atrás, nós fomos a equipe mais lenta aqui em Miami, acho que levamos duas voltas. Agora, ter ganho o grande prêmio com uma distância de 35 segundos para o terceiro colocado é um resultado inacreditável – afirmou Piastri depois da corrida.
Apesar de ter acabado o ano de 2023 na quarta posição do campeonato de construtores, a McLaren viveu um início complicadíssimo naquela temporada e tinha apenas 14 pontos quando chegou a Miami para a quinta corrida do ano - para efeito de comparação, a escuderia já tinha somado 188 antes do GP deste ano, o sexto do calendário.
Na prova de 2023 realizada em solo americano, o time papaia teve um desempenho para esquecer: Oscar Piastri foi o 19º colocado, uma volta atrás do vencedor Max Verstappen, e Lando Norris cruzou a linha de chegada em 17º, um minuto e 27 segundos atrás do holandês da RBR.
Na ocasião, nem o próprio Piastri acreditava em um bom desempenho da equipe:
- Para ser honesto, não iríamos chegar aos pontos no ritmo de hoje. Tentamos algo diferente, mas não funcionou – afirmou.
Depois daquela corrida, a McLaren só não pontuou em outras duas provas de 2023 e terminou o ano em alta.
Para 2024, o desempenho da equipe melhorou ainda mais, e o grande prêmio de Miami reservou um momento totalmente diferente daquele vivido no ano anterior: Lando Norris segurou Max Verstappen e conquistou a primeira vitória da carreira, enquanto Oscar Piastri brigou pelo pódio, mas acabou em 13º, prejudicado por uma colisão com Carlos Sainz.
É verdade que Norris largou em quinto no ano passado e contou com a sorte para vencer, ao postergar o pit stop obrigatório e ver um safety car bagunçar a ordem da corrida. Entretanto, o britânico também teve mérito em segurar Max Verstappen. Aquele triunfo pôs fim a um jejum de quase três anos do time, que não vencia desde o GP da Itália de 2021, com Daniel Ricciardo. Além disso, representou uma completa virada de chave para a equipe de Woking.
A partir dali a McLaren ganhou mais cinco corridas em 2024 e passou a brigar com a Ferrari pelo campeonato de construtores – feito alcançado na última corrida do ano, vencida por Norris em Abu Dhabi.
A conquista encerrou o jejum de 26 anos sem títulos da McLaren e apagou o fantasma dos anos complicados anos 2010 – em 2015 e 2017, a equipe terminou em nono lugar. Em um dos momentos mais relembrados pelos fãs da categoria, o bicampeão Fernando Alonso chegou a dizer que o carro da escuderia tinha “motor de GP2”, categoria que precedeu a Fórmula 2.
Neste ano, a vitória apertada no campeonato de construtores se transformou, pelo menos até agora, em domínio absoluto. Das seis corridas deste ano, a McLaren só não venceu no Japão. E em Miami, a equipe obteve a maior distância em relação ao melhor colocado de outra escuderia – antes, a vantagem máxima tinha sido de 15 segundos no GP do Bahrein, também para George Russell.
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