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Central chora ao ganhar Superliga um ano depois de ver família perder tudo nas enchentes do RS


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Exatamente um ano depois de ver a sua família perder tudo na tragédia climática que assolou o Rio Grande do Sul, entre abril e maio de 2024, Valquíria Dullius saboreou uma enorme alegria profissional, mas não esqueceu de todo sofrimento que passou.

A central foi um dos destaques do Osasco na conquista do título da Superliga feminina, diante do Sesi-Bauru, na última quinta-feira, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. E a mistura de sentimentos a fez chorar ao colocar no peito a medalha de ouro da edição 24/25 da principal competição do vôlei brasileiro.

– Eu pensei na minha mãe e no meu pai, assim que acabou o jogo. Não sei nem o que falar. Essa medalha de ouro tem um pedacinho da minha família e de todos os gaúchos que sofreram muito com as enchentes do ano passado. Quando eu entrei na quadra, o meu coração estava na boca, agora estou muito feliz – comentou a atleta de 30 anos.

Então jogadora do Sesc-Flamengo, Valquíria vivia no Rio de Janeiro e acompanhou de longe as casas de sua avó e de seu pai, e o comércio de sua mãe, todos na cidade de Canoas, ficarem completamente tomados pela água dos temporais. Na ocasião, ela divulgou uma vaquinha organizada por sua irmã. Um ano depois, as propriedades ainda não foram recuperadas. Mas, tijolo a tijolo, os Dullius e tantas outras famílias gaúchas vão reerguendo as suas vidas.

– As casas, a gente ainda não conseguiu recuperar, deu perda total. Mas estamos fazendo obras, reconstruindo devagarinho. O importante é que meus pais estão bem e eu posso ajudar financeiramente com o meu trabalho. Minha vó, minha tia, meu irmão, meu marido e minha sogra vieram ao ginásio e me viram ser campeã. Ter um pedacinho da nossa gente perto é muito bom – disse Valquíria.

Técnico do Osasco, Luizomar de Moura celebrou a volta por cima da sua velha conhecida e disse, que essas histórias de altos e baixos na vida, impulsionam as jogadoras dentro de quadra:

– Eu conheço a Valquíria desde os 15 anos de idade, ela foi minha atleta nas seleções de base, e a gente tem uma troca muito importante. Como técnico, muitas vezes eu tento mexer um pouco com a história delas. Essas vivências de cada uma acabam me ajudando a unir o grupo.

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