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Estratégia de cinco zagueiros expõe crise de identidade do Manchester City de Guardiola

Não foi por falta de tentativa. Pep Guardiola se arriscou ao escalar cinco defensores para enfrentar o Real Madrid nos playoffs da Liga dos Campeões. O que parecia ser uma estratégia inteligente resultou em frustração, com dois gols sofridos nos minutos finais e uma dolorosa derrota por 3 a 2 no Etihad.

O City teve um primeiro tempo brilhante, mas não conseguiu manter o ritmo. Entre os cinco defensores escalados, apenas Aké e Rúben Dias cumpriram efetivamente a função de zagueiros. Stones, Gvardiol e Akanji avançavam além da marcação de Mbappé e Vini Jr., formando um trio no meio de campo.

Essa formação permitiu que os outros jogadores se movessem com mais liberdade e fluidez, entre as linhas de um Real Madrid que contou com Tchouaméni improvisado na defesa. Na imagem, você percebe a movimentação em detalhe.

Sem a posse de bola, Gvardiol e Akanji atuavam como laterais, enquanto Stones ocupava a posição de primeiro volante. A estratégia não eliminou totalmente os ataques adversários, mas conseguiu conter as investidas de Vini Jr. e Mbappé, que comandavam o tradicional 4-4-2 sob o comando de Ancelotti.


O City abriu o placar e exerceu domínio na primeira metade do jogo. No entanto, problemas começaram a surgir na segunda etapa. O meio-campo formado por defensores revelou-se rígido, incapaz de segurar a movimentação ofensiva do rival. O empate aconteceu. Mesmo não sendo superior, o City conseguiu voltar a liderar com um pênalti, mas os erros cruciais de Ederson e Kovacic, combinados com a eficácia de Mbappé e Bellingham nos momentos finais, selaram a derrota.

Um bom plano inicial, um primeiro tempo forte, seguido por falhas individuais e desgaste físico que prejudicaram o resultado. Esse roteiro se repetiu na temporada do City, como contra Feyenoord, Sporting, Brentford e Manchester United. Isso é diferente da eliminação para o Tottenham na Copa da Liga Inglesa em outubro passado, quando a equipe foi simplesmente dominada.

Além das lesões e da ausência de Rodri, o City parece estar enfrentando uma crise de identidade: tenta forçar um modelo que simplesmente não está funcionando mais.

Desde a saída de Gundogan para o Barcelona, Guardiola se deparou com um dilema: manter o estilo de controle de posse que alimenta Haaland ou reinventar a equipe? Ele decidiu seguir sua filosofia, mas observou que seus principais criadores estavam perdendo força. De Bruyne (33), Kovacic (30) e Bernardo Silva (30) já não apresentam o mesmo rendimento de antes. Aos 34 anos, Gundogan retornou, mas não é mais o jogador decisivo de outrora.

As contratações de Savinho e Doku trouxeram um novo ânimo ao elenco, mas aí veio o imprevisível: a lesão de Rodri e a queda física da equipe minaram qualquer possibilidade de reconstrução. Pilares como De Bruyne, Kovacic e Stones estão frequentemente no departamento médico. A defesa lida com falhas constantes e sofre desgaste no segundo tempo. No ataque, a equipe depende de momentos de inspiração de Bernardo Silva ou dos gols de Haaland para continuar competitiva.

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