Campeão do Australian Open 2025, Jannik Sinner vem a cada dia mais afirmando sua dominância no circuito da ATP. E a final do primeiro Major do ano disputada contra o alemão Alexander Zverev foi o exemplo ideal para quem gostaria de ver isso em quadra. Enfrentando um dos melhores sacadores deste começo de temporada, o italiano jogou um tênis impecável e venceu por 3 a 0 , conquistando assim seu terceiro Grand Slam da carreira e o bicampeonato em Melbourne.
Assistindo ao jogo, algumas coisas me chamaram atenção. A consistência e a capacidade de Sinner em lidar com as trocas de bola, onde por muitas e muitas vezes Zverev entrava bem no ponto e, mesmo assim, via o adversário arrumar maneiras de contra-atacar e até de colocá-lo em um posicionamento defensivo novamente com um golpe. O aproveitamento fantástico do líder do ranking com seu saque - no segundo set, o mais equilibrado da partida, ele perdeu apenas dois pontos com o primeiro serviço.
Sinner foi tão impecável com seu saque que igualou um feito histórico e quase que "impossível", vencer a final de um Grand Slam sem enfrentar nenhum break point, atingido nos últimos 25 anos apenas por duas lendas do tênis masculino: Federer, em Wimbledon 2003, e Nadal, no US Open 2017.
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É fácil listar a quantidade de sucessos estatísticos que Sinner vem tendo, afinal isso se justifica com o fato do número um do mundo não perder um jogo desde setembro do ano passado. Mas o que vale mais ser destacado é como ele consegue atingir tais recordes. A forma com que vem jogando. A "espantosa" facilidade com que o italiano consegue mudar situações no jogo, onde seu adversário tenta variar com bolas mais altas ou slices, vai para um winner, tenta fechar a rede para diminuir os ângulos, e nada surte efeito. Por algumas vezes no jogo de hoje me peguei pensando: "esse cara não tem ponto fraco".
Sinner sai desse Australian Open mais dominante do que nunca. Por mais que um incômodo na perna possa ter assustado principalmente na partida contra o americano Ben Shelton, o líder do ranking sempre conseguiu trazer as partidas para o desenho planejado. Foram dois sets perdidos apenas. Dois top 10 batidos. E o sentimento final é de que isso já é normal. Corriqueiro.
Mesmo não enfrentando ao longo da campanha Alcaraz ou Djokovic, dois nomes que comprovadamente trazem mais problemas para o italiano, seu desempenho é irrefutável. Se justifica na quadra, nas estatísticas e, principalmente, em sua sala de troféus, cada vez mais preenchida.
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