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Agüero revela que só recebeu elogios do pai após se aposentar


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Sergio Agüero viveu o auge do futebol até se aposentar em 2021, por problemas de saúde. Em entrevista, o ex-atacante fez um balanço da carreira e revelou que o pai foi um personagem decisivo na vida dele, dentro e fora dos gramados. Ele também contou os desafios do bairro onde nasceu, falou da importância da criação rígida que teve e relembrou o início desafiante na Premier League.

Você (pai) esperou eu me aposentar para me dizer um elogio? Fiquei feliz e triste ao mesmo tempo. Finalmente, ele disse algo bom

— Sergio "Kun" Agüero, em entrevista ao jornal "The Guardian".

Agüero nasceu na cidade de Quilmes, a 21 km da capital Buenos Aires. O argentino conta que o local onde vivia era alvo do tráfico de drogas e estava sempre rodeado de usuários e vendedores. O pai teve o papel de não deixar ele sair dos trilhos e manter a disciplina, mesmo que muitas vezes fosse de uma maneira severa.

— Quando eu era criança, eu pensava: 'Ah, é tão fácil: essas crianças nunca treinam, elas só ficam fazendo nada.' Mas não. É essencial ter pessoas do seu lado. No meu caso, meu pai. Ele era, digamos, muito rigoroso. No fim das contas, se ele não fosse assim, o que teria sido da minha vida? É preciso olhar de outra perspectiva. E se ele não tivesse me empurrado? Em bairros como o meu, há muito vício, muitas drogas. Eu andava pelos corredores e cheirava a maconha. Eu não sabia o que era, mas quando contei para o meu pai, ele enlouqueceu.

— Quando fiquei mais velho, perguntei ao meu pai por que ele nunca dizia que eu jogava bem. Ele disse que não queria que eu me achasse o melhor, que agisse como um valentão. Achava que estava me impedindo de perder a cabeça. Ele sempre ficava bravo comigo depois dos jogos. Também não queria que ninguém me dissesse que eu era bom. Ele queria até controlar meus amigos. Meu pai e eu sempre nos demos bem, e depois não nos demos mais — disse o ex-Manchester City.

"Kun" Agüero, como ficou conhecido, brilhou nas categorias de base do Independiente, chegou ao profissional em 2006 e foi comprado pelo Atlético de Madrid, quatro anos depois. Passou cinco temporadas defendendo o clube espanhol até encarar um novo grande desafio na Premier League, em 2011, pelo Manchester City - o principal time da carreira.

— Eu não sabia nada de inglês. Pablo Zabaleta me ajudou muito. Tinha David Silva, Yaya Touré, Carlos Tévez. Quando me sentei à mesa dos ingleses, pensei: 'Merda'." Eles diziam: "Venha, sente-se." Eu ouvia e, aos poucos, sem sequer ter pegado num lápis ou tido um professor, eu entendia. Os ingleses eram muito bons comigo. Eles me tratavam bem, me defendiam — contou.

Depois de dez anos e 15 títulos conquistados com o City, Agüero foi contratado pelo Barcelona em uma transação sem custos. Entretanto, o novo emprego durou pouco. O atacante sofreu uma arritmia cardíaca no jogo contra o Alavés, descobriu um problema no coração e foi obrigado a se aposentar depois de ter disputado apenas cinco partidas com a camisa catalã.

— Meu último gol foi contra o Real Madrid, o que não é ruim. E sabe o que vou levar do Barcelona? A paixão que a torcida tinha pelo clube. Como eles foram bons comigo, como me trataram. Era como se eu fosse o Messi. Mas eu dizia: 'Olha, eu não sou o Leo' (Lionel) — brincou Agüero.

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