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Levante-se, sacuda a poeira e dê a volta por cima. A antiga canção de Beth Carvalho se aplica perfeitamente à situação atual do boxe brasileiro. Após uma performance aquém do esperado nas Olimpíadas, a seleção se reestruturou e, com três atletas que não participaram dos Jogos de Paris, conquistou quatro medalhas no Campeonato Mundial: ouro com Rebeca Lima e pratas com Yuri Falcão, Isaias Ribeiro e Luiz Oliveira.
O boxe brasileiro chegou à edição das Olimpíadas de Paris em alta. Nas Olimpíadas anteriores, realizadas em Tóquio em 2021, este foi o esporte de destaque do país, com três medalhas no pódio. A expectativa era, no mínimo, repetir esse sucesso. Contudo, ao final, a seleção retornou com apenas uma medalha de bronze. Essa performance foi considerada decepcionante por atletas e dirigentes, que estavam animados com o desempenho ao longo do ciclo.
O primeiro ano do ciclo até Los Angeles poderia ter sido de reflexão e recomeço. A principal atleta da seleção, Bia Ferreira, fez a transição definitiva para o profissional e não faz mais parte do grupo. A estrela masculina Keno Marley, que ficou em quinto lugar nas Olimpíadas, também não participou do Mundial.
Entretanto, foram os substitutos de ambos os atletas que brilharam no Mundial. Rebeca Lima, que obteve medalha no Mundial juvenil de 2018, foi reserva da supercampeã Bia Ferreira na categoria até 60kg. Esperou sua oportunidade e, ao assumir a titularidade, conquistou o título mundial.
Isaias Ribeiro, competindo na categoria até 90kg e que teve um bom desempenho no Mundial juvenil de 2021, foi convocado para substituir Keno Marley. Keno havia se classificado em quinto lugar nas últimas duas Olimpíadas e ficou afastado da seleção em 2025. O baiano se destacou e conquistou a prata no Mundial, vencendo o vice-campeão olímpico na semifinal.
Yuri Falcão também ficou fora das Olimpíadas. Competidor da categoria até 60kg, não participou das competições classificatórias para Paris 2024 devido a alguns desafios para bater o peso. Um ano depois, chegou ao Mundial como um dos favoritos e confirmou essa expectativa ao conquistar a prata. Durante a competição, ele derrotou o campeão olímpico Erislandy Álvarez, mas foi superado na final por outro campeão olímpico, Asadkhuja Muydinkhujaev.
Dos quatro medalhistas brasileiros no Mundial, Luiz Oliveira, conhecido como Bolinha, foi o único que competiu em Paris. Nessa ocasião, ele foi eliminado na estreia em uma luta controversa. Desde então, não perdeu mais nenhum combate, conquistou títulos em etapas da Copa do Mundo e, no Mundial, manteve seu favoritismo ao chegar à final, onde enfrentou o campeão olímpico Abdumalik Khalokov.
Além das quatro medalhas, o Brasil alcançou mais três quartas de final, ficando a uma luta da medalha. Isso ocorreu com Tatiana Chagas (54kg), Viviane Pereira (75kg) e Wanderley Pereira.
Agora, a meta é manter a equipe em boa forma e saudável durante o ano de 2026, que não contará com Campeonato Mundial, mas terá uma temporada cheia de torneios continentais e etapas da Copa do Mundo. O objetivo é que, em 2027, o Brasil continue entre as potências do boxe e consiga o maior número de vagas para as Olimpíadas de Los Angeles em 2028.

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