Uma longa espera de oito anos terminará oficialmente em 16 de março deste ano, quando Gabriel Bortoleto alinhará no grid da F1 trazendo de volta a bandeira do país à categoria. E as expectativas positivas para a estreia do paulista não partem apenas do público espectador, mas de um dos antecessores do novato da Sauber: o bicampeão Emerson Fittipaldi.
- Eu acho que o Bortoleto vai mostrar, nesse ano, a capacidade e o potencial que ele tem, dentro de uma equipe que está se estruturando para (se tornar) Audi, vai ficar muito forte. Eu acho que é o momento dele se estabelecer na Fórmula 1, para a gente poder dar a opinião correta. Mas tem que ter um ano para a gente sentir como que ele vai. Ele tem potencial? Lógico que ele tem potencial, é muito talentoso, inteligente, estratégico. Vai representar muito bem o Brasil, com certeza - disse o ex-piloto.
Bortoleto chega à elite do automobilismo europeu com um currículo de peso: campeão, como calouro, da Fórmula 3 (em 2023) e da Fórmula 2, no último ano. O feito, para poucos, fez até outro bicampeão se render aos talentos do brasileiro: Fernando Alonso, que agencia a carreira do jovem.
A estreia do osasquense na F1 será modesta: a Sauber, sua nova equipe, ficou na lanterna do campeonato de construtores passado com só quatro pontos. No entanto, o time visa crescer no futuro com o investimento através da aquisição pela Audi, montadora alemã que passará a batizar o time a partir de 2026.
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Em 2025, será Bortoleto o único latino do grid. E a expectativa de Fittipaldi, que competiu com grandes nomes da América do Sul - Carlos Reutemann e Pedro Rodríguez, além dos compatriotas José Carlos Pace, Nelson Piquet e Wilson Fittipaldi (irmão do bicampeão) -, é que os pilotos do Novo Continente voltem a se sobressair frente ao domínio de europeus na elite do esporte a motor.
- Até o ano passado só estava o (Sergio) Checo Pérez da América Latina, e agora o Bortoleto. E o Checo Pérez saiu. (O Colapinto) muito pouco, não ficou, pena. Desde quando começou a Fórmula 1, sempre a presença dos pilotos da América Latina foi muito forte: Juan Manuel Fangio, (José Froilán) González. Hoje existe esse domínio dos Europeus, nós vamos tirar (deles)! Põe na matéria aí que nós vamos tirar (risos)! Que eles têm que ficar espertos - declarou Emerson.
Outro nome importante do Brasil na F1 a também declarar torcida para Bortoleto foi Massa, que assim como o próprio Gabriel, estreou na categoria em uma modesta Sauber. Fazendo coro ao vice-campeão mundial de 2008, Fittipaldi deu sua benção ao jovem paulista e celebrou a nova geração de pilotos:
- Agora nós precisamos voltar com força de novo, porque existe o domínio de europeus, né? Um domínio muito grande. Que Deus abençoe ele (Bortoleto), que ele possa fazer uma grande carreira na Fórmula 1. E (tem) uma turma nova que está vindo aí, inclusive meu filho (Emerson Fittipaldi Jr.), que está se esforçando com o sonho de chegar à Fórmula 1. Vamos ver se logo, logo a gente vai ter bons representantes e tirar esse domínio dos europeus.
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