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Chefe da Ferrari confia em bom desempenho de Hamilton


Se depender de Frédéric Vasseur, chefe de equipe da Ferrari, Lewis Hamilton vai ter um começo muito tranquilo na escuderia de Maranello. O francês falou à página oficial da F1 sobre a expectativa para o início do heptacampeão na equipe e disse acreditar que a experiência trazida pelo britânico vai ser útil para todos - até mesmo para Charles Leclerc, companheiro de time e já com bastante rodagem dentro da categoria.

- (A chegada de Hamilton) vai ser um passo na direção da construção ou desenvolvimento da equipe. Ele vem com sua própria experiência, seu próprio histórico e isso será útil para o desenvolvimento da equipe. Vai ser útil para o Charles (Leclerc) e para os engenheiros - e temos que encarar isso como mais um passo na direção certa. É positivo para nós - avaliou.
Vasseur também falou sobre as adversidades vividas pelo britânico em seu último ano na Mercedes. A transferência bombástica de Lewis Hamilton para a Ferrari já havia sido concretizada em fevereiro, e o veterano entrou em clima de despedida na equipe alemã, onde conquistou seis títulos da Fórmula 1 (o primeiro dos sete foi pela McLaren) e cimentou de vez seu status de lenda da categoria.

Com o desempenho abaixo do esperado das Flechas de Prata na temporada, o britânico se mostrou frustrado e cogitou até sair antecipadamente depois do mau desempenho no GP de São Paulo, com três provas ainda por disputar. Em seguida, no Catar, afirmou que não era mais um piloto rápido.

Entretanto, o chefe de equipe da Ferrari afirmou categoricamente que não tem qualquer preocupação em relação à capacidade de desempenho de Hamilton - o sete vezes campeão ficou atrás de George Russell no campeonato e se classificou atrás do ex-colega de equipe em 19 de 24 corridas. Para Fred Vasseur, o clima de despedida fez com que Lewis perdesse desempenho, mas o talento apareceu em algumas ocasiões.
- Ele teve corridas muito boas em Las Vegas, em Abu Dhabi (em 2024) e eu, nunca, digo, nunca, nunca, nunca fiquei preocupado com a situação. Estou convencido de que essa foi a situação, e eu não quero culpar Lewis ou a Mercedes, mas essa situação não é fácil de lidar e posso entender que, se não está indo muito bem, você pode sofrer. Tudo não estava muito bem na mente dele - ele foi claro no Brasil sobre isso, por exemplo - mas também foi muito, muito bem nas últimas duas provas. Não estou nada preocupado - cravou Vasseur.
O encontro entre Lewis Hamilton e Frédéric Vasseur, aliás, não é inédito. Em 1996, o francês se uniu a Nicolas Todt, filho do ex-chefe da Ferrari e ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) Jean Todt, para criar a ART Grand Prix, equipe que disputa categorias de base como a Fórmula 2, Fórmula 3 e a Fórmula Regional Europeia (FRECA).

Antes de chegar à Fórmula 1, Lewis Hamilton disputou a GP2 Series (atual Fórmula 2) em 2006 pela ART e conquistou o título - na temporada seguinte, ele foi para a McLaren e por pouco não venceu na temporada de estreia. Com o conhecimento prévio das capacidades e da personalidade do britânico, Vasseur não acha que Lewis vai sentir a pressão. O chefão da Ferrari também acredita que Hamilton não deve tentar se moldar à equipe - e nem ser influenciado a isso pelos outros membros.

- Não, acho que ele tem que vir como ele é. Claro que temos que cuidar da atmosfera ao redor da equipe. Pressão não é a palavra certa, mas a paixão dos tifosi, da imprensa, é totalmente diferente. Mas o objetivo é o mesmo. A forma de lidar o trabalho é a mesma - tentar e fazer o melhor com o carro e os engenheiros. Temos que manter esse foco e não focar muito no mundo lá fora - afirmou.

Ferrari de olho nos títulos

Com dois pilotos velozes à disposição, a Ferrari planeja quebrar dois jejuns incômodos nas disputas de pilotos e de construtores. A escuderia italiana não vence o campeonato de equipes desde 2008; entre os condutores, o último campeão pelo time de Maranello foi o finlandês Kimi Raikkonen, em 2007.


Motivos para acreditar não faltam: ao lado da McLaren, a Ferrari foi a equipe com melhor ritmo no fim da temporada de 2024 e terminou apenas 14 pontos atrás da escuderia papaia, ficando com o vice. Já em 2023, o resultado foi o terceiro lugar. Vasseur acredita que os italianos estão evoluindo de forma gradual e espera que Hamilton seja parte da engrenagem que poderá levá-los ao tão sonhado triunfo - embora tenha consciência de que a tarefa é difícil.

- Sim, é o próximo passo (ser campeão). Ficamos em 3º, 2º - estamos indo nessa direção. Estamos dando bons passos com o carro e com a equipe, tudo está indo nessa direção. Mas estou convencido de que não será fácil, a McLaren está fazendo um mega trabalho. Estou certo de que a Mercedes e a RBR vão lutar para voltar (à disputa) e vai ser uma boa luta na pista no próximo ano, com pelo menos quatro equipes. Não vai ser fácil, mas acho que estamos fazendo de tudo para conseguir - concluiu.

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