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Presidente do Guarani estabelece condições para SAF: “Investidor precisará assumir dívidas”

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Rômulo Amaro, presidente do Guarani, revelou pela primeira vez os princípios que guiarão a transição do clube para a Sociedade Anônima do Futebol. Durante uma entrevista ao ge, o dirigente esclareceu o modelo que recebeu o aval dos associados, as exigências que serão impostas ao investidor e como a reestruturação financeira possibilitou essa transformação.

De acordo com ele, qualquer proposta avançará apenas se incluir três pontos considerados "inflexíveis": assumir integralmente as dívidas, respeitar a Recuperação Judicial e participar da construção da nova arena.

- A exigência é clara. O investidor deverá assumir as dívidas, obedecer à Recuperação Judicial e contribuir para a construção da arena. O patrimônio, a marca e a identidade do Guarani estão resguardados no estatuto. Não abriremos mão disso.

A consultoria internacional contratada pelo clube, a mesma que atuou na SAF do Cruzeiro, é responsável por selecionar, avaliar e apresentar as melhores propostas aos torcedores. O processo final envolve até quatro assembleias, sendo a última crucial para a votação dos associados.

Redução de R$ 40 milhões na RJ

Rômulo também afirmou que o Guarani conseguiu diminuir significativamente o valor original da Recuperação Judicial: de R$ 100 milhões para cerca de R$ 60 milhões, agora com prazo de 12 anos para pagamento, com juros de 1% ao mês.

- Hoje não temos mais penhoras, algo que paralisava completamente o Guarani. Isso possibilitou voltar a negociar com atletas e honrar nossas obrigações em dia. Se em 2024 enfrentamos dificuldades até para recrutar jogadores, agora estamos em contato com mais de 20 atletas e não recebemos negativas.

Ele ressalta que salários, encargos e impostos estão em dia e que essa responsabilidade fiscal será mantida, independentemente do progresso da SAF.

Rômulo também compartilhou detalhes dos desafios iniciais de sua gestão. Ao assumir o cargo no final de 2024, encontrou o clube “politicamente instável, sem caixa e pressionado por acordos judiciais”.

- O Guarani estava em um ambiente caótico. Tive que me aproximar da FPF e da CBF, buscar recursos, e restabelecer relações. Hoje a situação é diferente. A temporada foi difícil, mas trouxe amadurecimento e aprendizado.

Com mais de 40 contratações no último ciclo, ele admite que a participação na Copa Paulista teve um impacto maior do que o esperado:

- Participar da Copa Paulista talvez não tenha sido a melhor decisão. Contudo, ajudou alguns jovens a amadurecer e possibilitou a avaliação de atletas.

O presidente acredita que a situação financeira e institucional coloca o Guarani em condição de avançar com o modelo SAF.

- O futebol do interior precisa se tornar mais profissional. A SAF é um caminho natural. Vamos considerar tudo com calma e escolher a melhor opção para o Guarani. Estou convencido de que sairemos desse processo mais fortalecidos.

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