Perto do reencontro com João Pedro, veja por onde andam os jogadores da Geração de Ouro do Fluminense

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O confronto entre Fluminense e Chelsea poderia reunir dois jovens talentos de Xerém da famosa Geração de Ouro. Contudo, a suspensão de Martinelli fará com que a disputa com João Pedro aguarde até após a Copa do Mundo de Clubes. Essa foi uma das equipes mais renomadas da base tricolor nos últimos anos, mas você conhece a trajetória das suas promessas?

Ao competir por títulos em todos os torneios do sub-17, o time tricolor conquistou o campeonato carioca e alcançou as finais da Copa do Brasil e da Taça BH. Depois, os atletas começaram a ser promovidos para a equipe profissional, onde alguns deles também colheram sucessos.

A equipe principal da geração (jogadores nascidos em 2001 e 2002) era formada por: Marcelo Pitaluga, Calegari, Luan Freitas, Davi e Marcos Pedro; André, Martinelli e Wallace; Luiz Henrique, Marcos Paulo e João Pedro.

Atualmente, os únicos remanescentes do elenco do Fluminense são o goleiro Marcelo Pitaluga, o volante Martinelli e o zagueiro Davi Alves. O arqueiro retornou ao clube no início deste ano após deixar o Tricolor em 2020 para se juntar ao Liverpool, onde não teve muitas oportunidades. Ele está atualmente na terceira posição na hierarquia. O meio-campo, por sua vez, consolidou seu espaço na equipe ao longo dos últimos anos e se tornou uma peça fundamental sob o comando de Renato Gaúcho.

O defensor possui contrato que termina em dezembro e não tem recebido chances no Tricolor. Em 2023, ele foi emprestado ao Bangu para participar do Campeonato Carioca, mas acabou se lesionando com a ruptura do ligamento cruzado do joelho direito.

Nomes em ascensão

João Pedro acabou de chegar ao Chelsea e teve uma boa estreia contra o Palmeiras na Copa do Mundo de Clubes. Ele foi adquirido do Brighton por 55 milhões de libras (R$ 415 milhões na cotação atual) e há a possibilidade de bônus por desempenho que pode adicionar mais 5 milhões de libras (R$ 38 milhões). Diante do Fluminense, ele pode novamente ser escalado e voltar a se encontrar com o clube que o formou.

O jovem foi negociado pelo Flu em 2018, mas somente poderia deixar o clube em 2020, ao completar 18 anos. Após uma nova negociação, o valor da transferência foi estabelecido em 11,5 milhões de euros (R$ 76,82 milhões segundo a cotação da época). Como clube formador, o Tricolor ainda receberá 1,25 milhões de libras (R$ 9.402.500) com a sua ida ao Chelsea. Ele disputou 37 partidas pela equipe carioca, marcando 10 gols e fornecendo duas assistências.

André é um jogador que se sobressai no cenário inglês e representa a maior transferência já realizada pelo Fluminense. Após várias temporadas de sucesso, ele deixou o clube por 22 milhões de euros (equivalente a R$ 135,5 milhões na cotação da época), com adicionais de 3 milhões de euros (cerca de R$ 18,5 milhões na época) atrelados a metas. Ao todo, foram 197 partidas e quatro gols. Considerado uma referência no meio-campo, ele se tornou um dos principais atletas do país, chegando a integrar a Seleção Brasileira. Com conquistas na Libertadores e na Recopa, foi negociado com o Wolverhampton, na Inglaterra. No último campeonato, atuou como titular em 32 das 26 partidas que disputou.

Luiz Henrique é talvez o jogador que mais se destacou entre sua geração. Ele deixou o Fluminense após acumular 120 partidas, 14 gols e 16 assistências, transferindo-se para o Betis, na Espanha, em 2022 por 8 milhões de euros fixos (cerca de R$ 44 milhões à época) e com possibilidade de mais 5 milhões de euros (aproximadamente R$ 27,5 milhões na época) em bônus. Logo depois, retornou ao Brasil, onde conquistou o título brasileiro e a Libertadores com o Botafogo. Reconhecido como o Rei da América, começou a ser convocado para a Seleção Brasileira e foi vendido para o Zenit, da Rússia. Com a camisa tricolor, sua única conquista foi o Carioca de 2022.

Jogadores sem destaque

Alguns atletas tentaram se firmar no Fluminense, mas não conseguiram se estabelecer e passaram por outros clubes. Calegari estava emprestado pelo Tricolor ao Famalicão, de Portugal, mas seu contrato foi encerrado no fim do mês passado. O lateral recebeu propostas do Athletico, mas ainda não há acordos concretos. Ele também teve uma passagem pelo LA Galaxy em 2023.

Luan Freitas é mais um que ainda pertence ao Fluminense, pelo menos até o final do ano. Atualmente, está emprestado ao Paysandu, onde é titular. No time principal do Tricolor, o zagueiro não teve muitas chances.

Marcos Pedro teve uma trajetória irregular, alternando empréstimos devido à falta de espaço na equipe principal do Fluminense. Em 2024, transferiu-se em definitivo para o FC Noah, na Armênia, onde atuou em 12 jogos e marcou um gol. Neste momento, está sem clube.

Wallace era também um dos destaques da geração, mas não conseguiu manter sua visibilidade. Após enfrentar problemas disciplinares e não conseguir sequência de jogos, ele foi emprestado a vários clubes até se transferir para o Chadormalou Ardakan, no Irã, em 2024. Nesse ano, assinou com o Volta Redonda, mas participou de apenas duas partidas no Campeonato Carioca. Ele não agradou à comissão técnica e foi excluído dos planos para a Série B, permanecendo sem oportunidades.

Considerado a maior promessa de sua geração, Marcos Paulo não teve o sucesso almejado. Ele saiu do Fluminense após 79 partidas e 14 gols para se transferir de forma controversa ao Atlético de Madrid, mas acabou passando por diversos empréstimos antes de rescindir seu contrato e assinar com o Boavista. No momento, está cedido pelo clube de Saquarema ao Operário-PR. O atacante deixou o Tricolor sem custos após firmar um pré-contrato com o time espanhol.