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Agustín Rossi é uma peça fundamental do Flamengo

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Não se pode afirmar que o intenso duelo entre Flamengo e Palmeiras parou o país. Afinal, outros torcedores estavam lidando com situações menos gloriosas. Contudo, é justo dizer, com um certo grau de convicção, que o grande jogo do Maracanã deixou a sensação de que era o melhor que o Campeonato Brasileiro tinha a oferecer.

Naturalmente, a arbitragem novamente fez questão de tentar ofuscar o espetáculo – nem mesmo a partida mais aguardada do torneio escapou da confusão do apito. No entanto, testemunhamos, acima de tudo, um Palmeiras extremamente agressivo, que se deparou com um Flamengo implacável, evidenciando a superioridade de seu elenco em relação aos demais times da competição, incluindo a equipe de Abel Ferreira. Quando necessário, Arrascaeta, Jorginho e, principalmente, Pedro, que dominou a partida, ajustaram o rumo e tingiram a tarde (e uma parte significativa das chances de título) de vermelho e preto.

Entretanto, se me permitirem, não posso deixar de mencionar Agustín Rossi. E, para evitar acusações de oportunismo, aproveito esta ocasião repleta de outros protagonistas, iluminados por merecidos holofotes, para lançar um breve olhar, como uma chama ou uma lanterna, sobre o goleiro flamenguista, que é um dos atletas mais subestimados do futebol nacional. O Flamengo atual é o que é também por conta da atuação de Rossi.

Com certa preocupação, talvez até com alguma indignação, percebo algumas críticas direcionadas ao goleiro argentino, de apenas 30 anos, apesar de sua longa trajetória, sobre sua suposta incapacidade de acompanhar o nível do elenco rubro-negro. Com todo respeito às opiniões divergentes, que considero claramente equivocadas, parece ser um reflexo da era atual: apenas a perfeição é aceitável, especialmente para o clube mais abastado da América do Sul. Além do mais, seria possível enumerar uma série de jogadores que "não estão à altura do Flamengo" antes de chegar ao nome de Rossi.

Não que eu tenha mais de quarenta anos, mas ainda recordo os tempos em que os pés eram considerados ferramentas totalmente dispensáveis para quem tinha a audácia de vestir a camisa 1. Um dos melhores goleiros que já vi atuando, o gremista Danrlei, mal conseguia CAMINHAR no gramado, por exemplo. O mundo mudou, o futebol evoluiu, agora enfrentamos as consequências em QR Code e, atualmente, demonstrar alguma habilidade com a bola nos pés é uma exigência fundamental para todos os goleiros. Esta é a linha evolutiva sob as traves.

Quando o confronto contra o Palmeiras estava muito complicado, Rossi conseguiu realizar um passe que atravessou metade do campo, rompendo todas as linhas e ainda causando um impacto na coluna cervical palmeirense, utilizando terminologia tática e anatômica, e abriu espaço para a vitória rubro-negra. As atenções finais recaem sobre Pedro e Arrascaeta, de forma justa, mas não podemos negar a Agustín Rossi essa centelha disruptiva, que se acendeu desde sua própria grande área. Ele não é apenas um goleiro, mas verdadeiramente um jogador a mais em campo.

Quando Rossi é alvo de críticas por levar um gol que poderia ter sido evitado, eu me recordo de inúmeras jogadas em que seu posicionamento excepcional transformou defesas complicadas em intervenções quase automáticas -- e, com um toque de ousadia, me vem à mente Cláudio Taffarel (perdoem a nostalgia), que raramente realizava defesas impressionantes, exatamente porque dominava seu espaço com confiança, frieza e uma calma inabalável.

Nada é mais angustiante do que um goleiro agitado e dramático: se o seu goleiro está nervoso, saltando de um lado para o outro sem razão, é sinal de que todos estamos a um triz de um desastre iminente. Os grandes goleiros mantêm uma postura majestosa mesmo nos momentos de erro. Não me recordo de um erro claro de Agustín Rossi, mas lembro que em La Plata ele foi fundamental para a defesa do Flamengo na Libertadores, e recentemente ajudou a revitalizar a luta pelo título brasileiro. Com um estilo discreto e passes devastadores. Ocasionalmente, até realiza uma defesa notável, sem firulas, que provavelmente não será lembrada, pois não exigiu uma exibição frenética de braços e pernas.

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