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Botafogo pode celebrar vitória na estreia, mas deve se preocupar com a atuação num grupo tão difícil

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O Botafogo encerra sua estreia com uma certeza: o estilo de jogo que foi suficiente para vencer o Seattle em circunstâncias normais não será o bastante para triunfar nas duas partidas restantes no grupo. É inegável que a vitória na primeira partida era crucial, sendo a única oportunidade de manutenção em um grupo tão desafiador. No entanto, embora seja claro que melhorias são necessárias, fica um alento ao recordar que esta equipe do Botafogo já apresentou desempenhos muito superiores.

O impacto de um jogo inaugural em um torneio tão aguardado pela equipe deve ser considerado, mas o que mais impressionou no segundo tempo do Botafogo foi a forma como, após um início inseguro, o time começou a se desmoronar. As entradas de Joaquin Correa e Arthur Cabral, ambos parecendo fora de ritmo, acabaram por desestabilizar a equipe. Renato Paiva, de maneira um tanto inesperada, tentou colocar Igor Jesus para atuar na defesa esquerda. Em certos momentos, parecia que o grupo estava em processo de formação, adaptando novos jogadores. Uma defesa de John, no final do confronto, impediu que a vitória escapasse. No fundo, independentemente das análises táticas, o jogo pode ser resumido de maneira simples: o resultado reflete a disparidade na qualidade individual dos atacantes e a habilidade de concretizar as jogadas. O Botafogo venceu porque contava com os melhores jogadores.

No primeiro tempo, o Botafogo parecia ser como dois times em um: apresentava jogadas interessantes com a bola, mas era facilmente envolvido quando não a possuía. Por outro lado, no segundo tempo, mostrou um desempenho mais consistente, porém da pior maneira possível: falhava na defesa e carecia de habilidades para manter a posse de bola ou realizar contra-ataques eficazes.

É interessante notar que a opção de Renato Paiva em utilizar Mastriani junto com Igor Jesus, fazendo Savarino atuar pela esquerda, não resultou em grandes atuações individuais do uruguaio ou do venezuelano. No entanto, coletivamente, foi eficaz na exploração de pontos fracos na defesa do Seattle. Mastriani servia como uma referência central no ataque, enquanto Savarino e Artur – ou Vitinho - se aproximavam do centro a partir das extremidades e se juntavam a Igor Jesus, que foi o destaque da equipe. Ao concentrar jogadores na entrada da área, o Botafogo aproveitava passes dos zagueiros ou volantes nos amplos espaços entre o meio-campo e a defesa dos adversários. Embora tenha aberto o placar em uma bola parada, foi dessa maneira que a equipe conseguiu exercer mais controle.

Entretanto, o Botafogo enfrentava dificuldades sempre que o adversário, bem organizado para atacar, se infiltrava em sua zona defensiva. O meio-campo não conseguia conter os volantes Vargas e Roldan, tampouco o movimento de Jesus Ferreira e Rusnak. O Seattle buscava concentrar jogadores pelo lado direito e tentava inversões para a esquerda, onde criou duas finalizações perigosas. O Botafogo foi ligeiramente melhor no primeiro tempo, mas ainda assim não demonstrava estabilidade.

A entrada de Correa na posição de Mastriani durante o intervalo fez com que Savarino passasse a atuar como meia. Contudo, o argentino, que estava fazendo sua estreia, não teve um desempenho positivo na partida. O Botafogo, por sua vez, perdeu ainda mais a sua solidez defensiva, e a substituição de Savarino por Arthur Cabral, outro jogador em sua estreia, também não trouxe resultados. Neste momento, Igor Jesus tentava recompor a defesa pela esquerda em um time que já se mostrava bastante bagunçado. O Seattle rapidamente colocou o argentino De La Vega em campo, buscando aumentar a criatividade, e acumulava tentativas de gol. Somente na segunda etapa, registrou 19 arremates, enquanto o Botafogo teve apenas cinco, tornando difícil a sua defesa.

O gol sofrido veio com uma pitada de azar, decorrente de uma cabeçada que, embora pouco ameaçadora, desviou em Igor Jesus. No entanto, isso era consequência de um jogo que se desenvolvia praticamente em torno da área do Botafogo.

Em três dias, o Botafogo enfrentará o PSG, que não só detém o melhor futebol da Europa no presente momento, mas também um ataque recheado de mobilidade e eficácia na finalização. O Botafogo já demonstrou que é capaz de apresentar um desempenho superior ao que teve na sua primeira partida da Copa do Mundo. No mínimo, precisará melhorar sua defesa.

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